SCALAC usa cookies para te oferecer a melhor experiência possível na web.

Ao continuar a usar este site, você concorda em que armazenemos e acessemos cookies em seu dispositivo. Por favor, certifique-se de ler a Política de Cookies. Learn more

I understand
Herbert Hoeger, SCALAC: Procurando construir acesso a capacidades de computação avançada

Herbert Hoeger, SCALAC: Procurando construir acesso a capacidades de computação avançada

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

1 de março de 2013, Bucaramanga, Colômbia: representantes de cinco redes nacionais de pesquisa e educação da América Latina, junto com a RedCLARA e diferentes centros de pesquisa e universidades da AL y da Espanha, assinam a Declaração de Bucaramanga, com a intenção de continuar colaborando na construção dos serviços de computação avançada e formar um Serviço de Computação Avançada para a América Latina e o Caribe (SCALAC). 28 agosto a 28 outubro 2013: o SCALAC reúne 10 instituições espanholas e latino-americanas para oferecer recursos de Computação de Alto Desempenho (CAD) por meio de uma chamada aberta para projetos, aplicações e desenvolvimentos gerados pelos pesquisadores de toda a região.

Junto com a experiência acumulada obtida no desenvolvimento de projetos colaborativos para grades computacionais e e-Ciência, como EELA, EELA-2 e GISELA, e na observação de projetos de integração de supercomputadores, bancos de dados e ferramentas de alto custo utilizadas de forma distribuída e com base em sistemas abertos (como o americano Extreme Science and Engineering Discovery Environment - XSEDE), a decisão de formar o SCALAC é tomada a partir da reflexão e o trabalho colaborativo realizado pela Equipe de Transição da RedCLARA (CLARA-TT) que, criada no âmbito da GISELA, procurava a sustentabilidade dos serviços de computação avançada para a América Latina.

Um dos pesquisadores que mais tem trabalhando no assunto é Herbert Hoeger, envolvido desde o começo do projeto EELA no desenvolvimento da e-Ciência na América Latina. Com ele falamos sobre o SCALAC.

Qual é seu papel dentro do SCALAC?

Eu estou colaborando na construção da comunidade SCALAC, isto é: motivando os diferentes centros de computação na América Latina para que eles colaborem e nós possamos oferecer um serviço de computação avançada aos pesquisadores da região. Estas ações se traduzem em coordenação/organização de reuniões, divulgação e acompanhamento de acordos e, acima de tudo, em uma permanente coleta de informação, identificando projetos e atores que possam aderir à concretização desta ideia de colaboração para reforçar as capacidades de nossos pesquisadores.

O SCALAC é um grupo formal ou um projeto que procura ser instaurado como tal?

O SCALAC foi lançado oficialmente em Bucaramanga, Colômbia, em março de 2013, com o apoio da RedCLARA. É a continuação de um esforço importante que foi sendo construído por meio de projetos de cooperação com a Comissão Europeia. Dentre estes importantes projetos podemos mencionar EELA (Enabling Grids for E-science in Europe), EELA2  (E-science grid facility for Europe and Latin America), GISELA (Grid Initiatives for e-Science virtual communities in Europe and Latin America) e agora CHAIN (Co-ordination &Harmonisation of Advanced e-Infrastructures) e CHAIN REDS  (Coordination & Harmonisation of Advanced e-INfrastructures for Research and Education Data Sharing). Como um compromisso para impulsionar esta ideia, a iniciativa SCALAC tem o apoio das redes acadêmicas da Argentina (InnovaRed), Colômbia (RENATA), Costa Rica (RedCONARE), do Equador (CEDIA) e México (CUDI). Centros do Brasil (SiNaPAD) e a Espanha (BSC, CETA-CIEMAT e CIEMAT) também participam do SCALAC.

Qual o objetivo fundamental do SCLAC?

É a integração de um comunidade regional de pesquisadores e tecnólogos que combinam suas habilidades para oferecer serviços de computação avançada para a região e o resto do mundo.

Grupos de pesquisadores e tecnólogos de cada país oferecem seu tempo, experiência, recursos informáticos, bem como a infra-estrutura de redes de telecomunicações para conseguir este propósito.

Os serviços do SCALAC se baseiam em um rede virtual de centros de recursos estabelecidas e distribuídas na região para o desenvolvimento de projetos de e-Ciência. Dentre os serviços que o SCALAC procura construir estão o acesso a capacidades de computação avançada tais como grade, computação em nuvem, supercomputação em arquiteturas escaláveis, visualização científica remota, repositórios de dados, entre outros.

Qual a importância do SCALAC para a América Latina e o Caribe e de que modo ele se relaciona com as experiências de EELA, EELA2 e GISELA?

O SCALAC é a continuação destes três projetos e herdou a estrutura técnica e organizativa da GISELA. Ele procura integrar recursos computacionais e humanos para que os pesquisadores na América Latina possam ter acesso a uma gama maior de recursos, aplicativos e conhecimentos que os existentes localmente, permitindo-lhes ser mais produtivos, bem como atacar problemas de impacto regional.

Como será financiado o SCALAC?

O, senão o principal, desafio que temos é a sustentabilidade. Por um lado, existe o compromisso de apoio inicial por parte de cinco redes acadêmicas da América Latina (CEDIA, CUDI, InnovaRed, RedCONARE e RENATA) e por outro lado, estamos adiantando um estudo de custos para compensar a participação dos centros de recursos. Embora haja muito entusiasmo inicial, participação voluntária y desinteressada destes centros de supercomputação, garantiremos a sustentabilidade somente quando possamos construir mecanismos pelos quais os pesquisadores beneficiados possam cobrir os custos de operação dos centros fornecedores dos serviços. Em nossa região não existem organismos financeiros regionais que possam suportar, ainda que parcialmente, o impulso de um projeto como este. Por isso, temos que ser muito criativos para garantir a sustentabilidade do serviço.

Qual a importância da participação da RedCLARA no SCALAC?

A RedCLARA desempenha um papel duplo. O primeiro e mais importante é a integração regional por meio de uma rede dedicada de alta velocidade. Ou seja, a garantia de que os serviços disponíveis em um centro de computação na Argentina possam ser utilizados por um grupo de pesquisa na Costa Rica. Isto possibilita que serviços de computação ubíqua do tipo grade possam ser fornecidos por vários centros geograficamente distribuídos. Em segundo lugar, a disponibilidade de grandes larguras de banda permite transmitir importantes volumes de dados e realizar sessões de visualização de dados remota.

Pode nos contar da Convocatória para solicitações de acesso a Recursos de Computação de Alto Desempenho (CAD)?

O SCALAC, com o suporte dos centros de computação BSC, CEDIA, CeNAT, CETA-CIEMAT, CIEMAT, SC3UIS e SINAPAD, lançou uma convocatória para oferecer recursos de computação de alto desempenho para pesquisadores da região. Durante a CLCAR (Conferência Latino-Americana de Computação de Alto Desempenho) 2013 em San José, Costa Rica, foi decidido que por ser a primeira convocatória, ela é com convite e não aberta, ou seja, os diferentes membros do SCALAC localizarão grupos de pesquisadores que serão convidados para participar a fim de que eles se beneficiem dos recursos oferecidos e também nos ajudem a testar e validar a diferentes facilidades disponíveis. As observações destes pesquisadores serão importantes para fazer os ajustes necessários para minimizar inconvenientes em futuras convocatórias.

Quais serão os passos que dará ou deveria dar no decorrer de um ano o SCALAC?

Toca trabalhar buscando como norte confiabilidade, popularidade e sustentabilidade.

Tem que continuar com a integração de recursos de diferentes instituições e conseguir que o serviço seja confiável. Que o serviço funcione e que exista apoio/suporte para que os pesquisadores posam executar suas tarefas.

Tem que apontar para o uso massivo da e-infraestrutura. Isto se traduz em aplicativos adaptados às infra-estruturas integradas bem como impulsar os Science Gateway, portais que permitem aos pesquisadores terem acesso aos recursos de computação e aplicativos disponíveis, escondendo as complexidades de lidar diretamente com a infra-estrutura, o que faz com seu uso seja significativamente mais simples. Isto tem o potencial de atrair usuários receosos de investir na aprendizagem dos intríngulis particulares do recurso requerido.

Tem que buscar fundos para os centros integrados no SCALAC. Tem que impulsionar a participação em projetos financiados por organismos locais e internacionais: Colciencias, Conacyt, Conicyt, Banco Mundial, Nações Unidas, NSF, e em convocatórias como CyTED, da Comissão Europeia, Horizon 20/20, Frida, por exemplo.

Contato

contacto@scalac.redcarla.net